Aquele que chamamos o segundo Heidegger, talvez uma  reflexão crítica do filósofo sobre si mesmo, continua preocupando-se com  o ser. 
 
No entanto, na obra  A origem da obra de arte não mais é  o Dasein que se apresenta como porta de entrada para a descoberta do  mesmo. Conforme o filósofo, é a linguagem que deverá nos conduzir à  descoberta da Verdade. 
 
Neste sentido, toda a arte é poema, daí que são  referenciadas a arte plástica, representada pela obra Os sapatos da  camponesa, de van Gogh, 
 
 As botas de Vincent
 
os poemas de Hölderlin, um templo grego,  representando a arquitetura, por exemplo. 
Para se saber a origem da  obra de arte, é necessário que se recorra ao artista, todavia, só  sabemos algo sobre o artista, se inquirimos a obra que, por sua vez, só é  uma obra porque resultou do trabalho do artista.
 
 Desta feita, somos  obrigados a adentrar no círculo que, conforme Heidegger, é um risco que  devem correr todos os que se ocupam do pensamento. 
Inseridos no  círculo, o caminho devemos percorrer. Heidegger conduz-nos, chamando,  reforçando e excluindo todos os obstáculos. Assim, chegamos à conclusão  de que uma obra de arte é aquela que é gerada no auge do conflito entre a  Terra e o Mundo. A primeira, reconhecida como a doadora, aquela que se  retrai e se oculta no seu silêncio.
 
 O Mundo, resultado da construção  humana, é aquele que reclama da terra o proferimento de qualquer coisa  que o conduza à compreensão daqueles que lhes deu vida e que, por sua  vez, ele e a terra são seus geradores. 
 
Desta exigência, emerge a obra de  arte, cuja única função é a de revelar a Verdade. Neste sentido, a  Verdade não mais se encontra fora do mundo, num lugar inacessível ao  homem, ao contrário, ela pode estar diante de nós, no aparente mutismo  de uma obra de arte, esperando ser contemplada para que, enfim, possa se  revelar. 
Desta feita, é conferido ao artista o papel de guardião  do ser. E à sua obra é atribuído o papel originário de detentora e  reveladora da Verdade. A nós, homens comuns, é garantida a Revelação. 
loading...
	
  Filme: Van Gogh - Vida e Obra de Um Gênio (Vincent & Theo) - 1990 - Legendado   -Soraia - Filmes - Palestras - Aulas - Documentários Soraia - Filmes - Palestras - Aulas - Documentários 17.831  Publicado em 19/10/2013  Um filme... 
   Exposição  Rui Chafes: Inferno (A minha fraqueza é muito forte)  A Galeria João Esteves de Oliveira, em Lisboa,  inaugura esta quinta-feira, pelas 19h00, a exposição ?Inferno (A minha  fraqueza é muito forte)?, trabalhos sobre papel do... 
 nviado por marcos21128 em 17/06/2011             Poema de Heidegger recitado por Abujamra no programa Provocações de número 510.    Palavras-chave:     Tecnologia;Capitalismo;Decadência;Heidegger          Licença padrão do YouTube     ... 
Artigo ?A arte, enquanto o pôr- em- obra da verdade, é Poesia. Não é apenas a criação da obra que é poética, mas também é poética salvaguarda da obra, só que à sua maneira própria; com efeito, uma obra só é real como obra na medida em... 
  ARTE  em  BERGSONBergson e a busca metódica do tempo perdidoE bem o que a Natureza fez de vez em quando, por distração, para alguns privilegiados, a Filosofia, em matéria parecida, não poderia tentar, num outro sentido e de uma outra...