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Técnicas de Pintura

Por Professor Lindomar

Uma das grandes descobertas dos últimos anos, relacionadas à pintura, foi a pesquisa com a flor-de-lótus, onde se concluiu que a sua brancura meio ao pantanal é por possuir microestruturas, que impedem o acúmulo de poeira e outros elementos em suas pétalas. Desta forma, a indústria química produziu uma tinta com características parecidas com a Lótus, sendo capaz de possibilitar às superfícies tratadas com este produto se manterem sempre limpas. Ao tratar do tema ?técnica de pintura?, é importante compreender que a humanidade tende a evoluir constantemente, superando as técnicas já desenvolvidas, porém não abandonando àquelas que lhe são úteis.
 A pintura se difere das outras artes por se tratar de uma expressão que se apresenta num espaço bidimensional, que propõe a mente humana uma leitura dos seus elementos estéticos, como a figura, a forma, a textura, a cor. Uma escultura, arquitetura, ou uma obra cênica, pode-se olhar por todos os lados, tocar toda a forma, ouvir e vibrar simultaneamente com a obra, porém a pintura é ?estática? e ?superficial? na sua apresentação. Numa composição visual bidimensional, a cor é o elemento principal para que haja os demais elementos estéticos. Por exemplo, é a cor que faz existir a linha e a forma numa pintura, até o desenho depende do contraste entre o branco e o preto para existir em suas formas.

A cor é fundamental na pintura por possuir qualidades próprias que surgiram a partir de experiências em manipulações e tentativas de combinações de elementos ao longo da história.

O pintor precisa ser
 um conhecedor de cor e de tinta.
 
Foram necessários séculos moendo ?pigmentos?, buscando a medida ideal para a mistura do ?aglutinante? e experimentando as cores com seus matizes. Lembrando, ainda, que para cada técnica há uma tinta específica. Em épocas anteriores à revolução industrial era mais comum se deparar com artistas produzindo suas próprias cores, para então obter o valor cromático que desejava, uma verdadeira alquimia.

Da Idade Média até o Renascimento muitos artistas pintavam por encomenda e o valor do contrato variava de acordo com as cores solicitadas, isto porque alguns pigmentos, como o ultramarinho, era de alto valor cromático e comercial.

 A tinta era composta por ?Pigmentos?, um corante formado por um pó seco e colorido, originado de terras, minerais metálicos, vegetais, e/ou matérias orgânicas. Mas hoje, a indústria produz a tinta de forma sintética com produtos químicos. Outro composto é o ?Aglutinante? que possui a função de dar coesão aos pigmentos, facilitando a aplicação da tinta sobre a superfície. Para se fazer o aglutinante pode-se usar ceras, gema de ovo, gomas, azeite, entre outros produtos para a liga.

Suporte
É importante protagonizar o elemento cor e o produto tinta como fundamentais na arte de pintar, porém há uma diversidade de elementos que precisamos ressaltar, onde o ?Suporte? torna-se fundamental para que haja a pintura, chegando a interferir no processo e resultado da técnica utilizada.

 O suporte pode ser uma tela de tecido ou couro, uma parede, uma tábua, e demais superfícies escolhidas pelo artista. Suporte e superfície são elementos distintos na linguagem das artes visuais. Suporte é o objeto ou local onde será preparada a superfície para ser pintada.

Alguns ?objetos? utilizados pelo pintor
 no desenvolvimento de sua técnica são os pincéis, 
as espátulas, as paletas, os dedos, e demais utensílios 
que lhe facilite o resultado estético desejado.

A boa técnica de um pintor está no tipo de pintura que ele realiza, e no uso adequado dos elementos que a caracterizam, desde a preparação do suporte às últimas pinceladas. È dominando as técnicas de produção de materiais e manipulação de objetos que o artista vai aprimorando as técnicas de pintura como o Afresco, a Têmpera, a Aquarela, a pintura a óleo, etc.

A técnica do Afresco é a carbonatação da cal do estucato, que ao secar, transforma-se em uma superfície compacta, fixando a cor. Para isso é essencial que as cores sejam aplicadas com o estucato e a cal ainda úmidos. Por este motivo que esta técnica denomina-se Afresco. Ela era utilizada nos trabalhos de mosaicos dos séculos XII e XIII, mas foi no Renascimento que se avançou na produção de Afrescos, criando novas técnicas de reprodução de imagens na parede denominadas ?Sinopia? e ?Estresido?.

 A técnica da ?têmpera? é uma pintura que utiliza pigmentos secos ?temperados?, ou melhor, misturados ou dissolvidos num líquido que os tornem aderentes, para se fixar e se estabilizar na superfície do suporte onde será produzida a composição visual. A gema de ovo foi o aglutinante mais importante utilizado nesta técnica.

A ?Aquarela? é uma técnica de pintura que utiliza corantes dissolvidos em água, possui transparência e luminosidade, por ser habitual utilizar papel, cartão ou madeira com cor branca. A aquarela pode utilizar aguada de guache ou técnica mista. Ela é uma técnica que exige agilidade, segurança e espontaneidade do artista, pois é quase impossível a correção de um erro. A técnica do ?Aguaço? se diferencia da aquarela por diluir as cores em água e utilizar o pincel para colocar o branco na composição. Já a técnica de ?Aguada? é parecida com a aquarela, porém mais simples por utilizar água e outras substâncias como goma, mel, cola, etc., com seus corantes.
 
A técnica de pintura a ?Óleo? foi desenvolvida no século XV e revolucionou a arte pictórica. Ela se caracteriza por utilizar os pigmentos moídos e coesionados com óleo, que pode ser o de linhaça, de noz, de dormideira, ou outros, adicionando-se a eles, na aplicação, óleos dissolventes e secantes. Inicialmente pintava-se a óleo utilizando como suporte a madeira, mas logo passaram a utilizar telas de tecido.

A superfície do suporte 
precisa ser preparada para absorver as cores 
de forma regular. Esta técnica de preparação 


Pintura a óleo
Óleo sobre tela: O Café Terrace na Place du Forum em Arles, de Vincent van Gogh, 1888.
A pintura a óleo é uma técnica artística, que se utiliza de tintas a óleo, aplicadas com pincéis, espátulas, ou outros meios, sobre telas de tecido, superfícies de madeira ou outros materiais.

A popularidade da pintura a óleo atribui-se à extraordinária versatilidade que oferece ao artista conferindo magníficos resultados nas técnicas tradicionais (como a mistura cromática e o brilho) e excelente e consistente qualidade.

Hoje, a palete cromática de tintas de óleo abrange cerca de 114 cores disponíveis oferecendo uma conjugação harmoniosa de cores espectrais e um elevado nível de pigmentação intenso com óptimas propriedades de pintura. Uma larga variedade de médios está, entre muitos factores, avaliada a alterar certas caraterísticas das tintas de óleo como a consistência, a textura, o lustro/brilho e uma taxa de secura/fixação.

Óleo sobre tela é uma técnica de pintura das artes plásticas
Consiste em utilizar tintas a óleo, diluídas em aguarrás e óleo de linhaça. O suporte da obra neste caso é a tela, que pode ser feita de linho cru, ou de outras fibras. Para misturar as cores, os tons desejados, utiliza-se uma paleta de madeira. Antigamente os grandes mestres faziam suas próprias tintas.

História

Em Abril de 2008, em Bamiyan, no Afeganistão, arqueólogos descobriram e dataram no século VII as mais antigas pinturas a óleo.[1] A ideia de que a pintura a óleo foi inventada na Europa foi sacudida e a descoberta só foi possível após a acto de vandalismo de destruição dos Budas de Bamiyan em 2001.

Tinta a óleo

Tubos de tinta a óleo
 
A tinta a óleo é uma mistura de pigmento pulverizado e óleo de linhaça ou papoula. É uma massa espessa, da consistência da manteiga, e já vem pronta para o uso, embalada em tubos ou em pequenas latas. Dissolve-se com óleo de linhaça ou terebintina para torná-la mais diluída e fácil de espalhar. O óleo acrescenta brilho à tinta; o solvente tende a torná-la opaca.

A grande vantagem da pintura a óleo é a flexibilidade, pois a secagem lenta da tinta permite ao pintor alterar e corrigir o seu trabalho.

A tinta a óleo sobre tela, madeira, afresco e mural, exige-se mais do artista, além do uso comumente com os pincéis de diversos tamanhos, devem-se usar as espátulas de diversos tamanhos, principalmente nos trabalhos em murais, que lhe dão um colorido mais uniforme, conforme o livro de Lia Vasconcellos, Editora Universidade de Brasília, 1967. Nesse livro a professora de artes a nível universitário, aponta técnicas do acabamento nos quadros a óleo e aprimoramentos dessa técnica da espátula.
  • Portal da arte

 LHS - Fábrica de Telas, 
Painéis e Painéis Especiais, para pintura a Óleo e Acrílica - http://www.lhstelas.com.br (em português)

Fontes
GOITIA, Fernando Chueca. (Org.).
 História Geral da Arte: Pintura VI.
 Espanha: Ed. Del Prado, 1995.
Wikipédia, a enciclopédia livre.



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