TOP DEZ - MACHADO DE ASSIS
Cultura

TOP DEZ - MACHADO DE ASSIS





Aproveitando a semana de aniversário de Machado de Assis (nasceu no dia 21/06/1839) o Outros 300 lista os dez melhores livros deste escritor que é considerado por muitos como o melhor escritor do Brasil em todos os tempos. Confira abaixo e corra para as bibliotecas e livrarias:

Décimo lugar: "Ressureição"


Primeirlivro escrito por Machado conta a estória de Félix, homem que tem um relacionamento com Cecília por um período de seis meses e, por isso, abandona a namorada. Viana, seu amigo, apresenta sua irmã Lívia pela segunda vez (a primeira tinha sido rápida, menos de 5 minutos), uma bela mulher, viúva há dois anos. Eles começam a se relacionar como amigos, enquanto ele, o Doutor Félix, médico, se enamorara pela jovem viúva. 

Nono lugar: "A mão e a luva"


O enredo conta a história de Guiomar, uma jovem de 17 anos, afilhada de uma baronesa e que deseja ascender socialmente. Ela é disputada por três homens: Jorge, Estêvão e Luís Alves. Estêvão ama louca e desenfreadamente, pura e inocentemente, como no primeiro amor. Jorge, sobrinho e preferido da baronesa deseja também ascender socialmente, têm um amor "pueril e lascivo", como descreve o próprio Machado de Assis. Luís Alves começa a admirar Guiomar, apenas depois, com o passar do tempo.

Oitavo lugar: "Casa velha"



Com o fim de escrever um livro sobre a história do Primeiro Reinado, um cônego procura conhecer uma casa onde morou um ex-ministro, na qual havia papéis que o ajudariam na sua pesquisa. Durante esta pesquisa, o cônego tornou-se grande amigo da família, ficando íntimo dela, inclusive. Deste modo, vê na amizade de Félix - filho da dona da casa, D. Antônia - e Lalau - praticamente, agregada da casa - uma possível paixão. No desenrolar da trama, descobre que sua observação estava correta e os dois realmente se amavam.


Sétimo lugar: "Esaú e Jacó"


É o penúltimo livro de Machado de Assis, lançado 4 anos antes da sua morte. A ambiguidade narrativa se instaura com o  Conselheiro Aires, personagem e narrador, que no entanto, também é visto a partir de uma terceira pessoa. Machado por esse jogo de opostos pode comentar um tempo de grande agitação política. Não sendo estranho ao livro temas comoabolição da escravatura, encilhamento e Estado de sítio, porém o tema melhor abordado e reconhecido é a Proclamação da República, a qual se faz uma tremenda crítica.

Sexto lugar: "Iaiá Garcia"


Luis Garcia era um homem reservado (pai de Iaiá ) e que vivia exclusivamente por sua filha, Lina, , uma garota mimada, que tinha toda a atenção de seu pai. Viúvo, vivia em uma casa mais afastada que se enchia de alegria quando Lina, ou melhor, Iaiá Garcia, chegava da escola. Na casa ainda havia um negro que era todo dedicado ao senhor e sua filha.

Quinto lugar: "Memorial de Aires"



Aires era um conselheiro que sempre acompanhou Machado em suas histórias, geralmente como um amigo dos personagens. Reportava à figura do próprio Machado. Nesta obra, idolatra uma mulher, D. Carmo, que muitos dizem ser Carolina Augusta Xavier de Novais, talvez pela coincidência dos nomes Aguiar e Assis, D. Carmo e Carolina. Talvez também pelo fato do casal não ter filhos. Diz-se que se trata de obra de caráter autobiográfico.



Quarto lugar: "Helena"


A história de uma moça que, de uma forma inesperada, sobe na escala social: morre o Conselheiro Vale e, no seu testamento, consta que Helena, moça internada num colégio de Botafogo, é sua filha, cujo segredo o conselheiro o mantivera até a morte. Helena passa a viver com Úrsula, irmã do conselheiro, Estácio, agora meio-irmão, Dr. Camargo, amigo de Vale e médico da família, e Eugênia, filha do Dr. Camargo. Helena em face de seu temperamento expansivo e comunicativo, conquista a afeição de D. Úrsula e de Estácio. Mendonça, amigo de Estácio, apaixona-se pela moça. Helena passa a ser objeto de afeição do próprio irmão, que, no entanto, está noivo de Eugênia. O padre Melchior, guia espiritual da família, suspeita dos freqüentes encontros entre Helena e Salvador. O mistério é esclarecido: Salvador é o pai de Helena, que fora arrebatada pelo conselheiro,- encarregando-se de sua educação.

Terceiro lugar: "Quincas Borba"



Segundo da trilogia realista de Machado de Assis, em que o autor esteve preocupado em utilizar o pessimismo e a ironia para criticar os costumes e a filosofia de seu tempo, embora não subtraia resíduos românticos da trama. Ao contrário do romance anterior, no entanto, Quincas Borba foi escrito em terceira pessoa, a fim de contar a história de Rubião, ingênuo rapaz que torna-se discípulo e herdeiro do filósofo Quincas Borba, personagem do romance anterior, e que, sendo enganado por seu amigo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia, paixão de Rubião, vive na pele todo o fundamento teórico do Humanitismo, filosofia fictícia daquele filósofo.

Segundo lugar: "Dom Casmurro"


Seu personagem principal é Bento Santiago, o narrador da história que, contada em primeira pessoa, pretende "atar as duas pontas da vida", ou seja, unir relatos desde sua mocidade até os dias em que está escrevendo o livro. Entre esses dois momentos Bento escreve sobre suas reminiscências da juventude, sua vida no seminário, seu caso com Capitu e o ciúme que advém desse relacionamento, que se torna o enredo central da trama. Apesar de estar em segundo neste top 10 o livro é considerado por muitos como o melhor de todos feito no país. E afinal: Capitú traiu ou não traiu Bentinho?

Primeiro lugar: "Memórias póstumas de Brás Cubas"


Narrado em primeira pessoa, seu autor é Brás Cubas, um "defunto-autor", isto é, um homem que já morreu e que deseja escrever a sua autobiografia. Nascido numa típica família da elite carioca do século XIX, do túmulo o morto escreve suas memórias póstumas começando com uma "Dedicatória": Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas memórias póstumas. Seguido da dedicatória, no outro capítulo, "Ao Leitor", o próprio narrador explica o estilo de seu livro, enquanto o próximo, "Óbito do Autor", começa realmente com a narrativa, explicando seus funerais e em seguida a causa mortis, uma pneumonia contraída enquanto inventava o "emplastro Brás Cubas", panacéia medicamentosa que foi sua última obsessão e que lhe "garantiria a glória entre os homens".  Considerado por muitos - e por mim também - como o melhor e mais genial livro escrito no Brasil em todos os tempos.

Obs. 1: São vários e diferentes tipos de capa, então, valha-se pelos títulos das obras.
Obs. 2: Também indicamos todos e quaisquer livros de contos Machadianos, pois são geniais!



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