O Outros 300 Games está ligado nos melhores lançamentos do mundo dos games. Aproveitando a entrevista do produtor do 'Fifa14' ao Terra, nós listamos as vantagens e desvantagens do jogo que chega em breve ao mercado e ainda o comparamos ao 'PES14'. Confira lendo a matéria completa.
"Partidas estão mais intuitivas", diz produtor brasileiro de 'Fifa 14'
Todo ano, perto do início do segundo semestre, a indústria dos games começa a se alvoroçar com a apresentação eminente de Fifa e PES, os dois principais simuladores de futebol do mercado. Em um campo onde a perfeição e realismo são as principais táticas para ganhar a preferência dos gamers, a busca por inovações mecânicas e gráficas é uma missão cotidiana das equipes da EA Sports e Konami. E isso não é uma tarefa fácil, nem muito menos rápida.
Com times que chegam a milhares de pesquisadores, surpreender – e vencer a concorrência – em um ano depende de, pelo menos, dois anos de antecedência de muito trabalho, esforço e testes para entregar o melhor jogo possível por volta de setembro, quando os jogadores já estão mais do que ansiosos para botar a mão na última edição do game. “O fato é que muitas mudanças não cabem em um ano de desenvolvimento, por isso fazemos todos os anos uma lista de prioridades e vamos trabalhando ponto por ponto”, disse ao Terra Gilliard Lopes, desenvolvedor brasileiro de Fifa 14.
Há cinco anos trabalhando na Electronic Arts de Vancouver, no Canadá, o carioca tem a tarefa de apontar “o que não parece futebol” no simulador. “E uma maneira de estruturar isso é separar o time principal do time advance, que trabalha em melhorias a longo prazo. Foi assim que eles trabalharam na nova engine, que estreou no Fifa 12, foi melhorado no 13 e está ainda melhor no 14”, explicou.
E, segundo Gilliard, foi essa troca de motor gráfico há dois anos o responsável pelas principais novidades de Fifa 14. “Todo cálculo foi iniciado há dois anos e está sempre sendo melhorado. Calculamos não só a animação, mas a mecânica de impacto dos pés no chão, a simulação do esforço físico, a explosão do movimento. Isso é um diferencial na base do jogo e a nossa capacidade de fazer isso que vai permitir cada vez mais melhoramos a mecânica do jogo.”
Na última terça-feira (16), no evento da Warner Games, distribuidora de Fifa no País, em São Paulo, o desenvolvedor apresentou à imprensa as melhoras do jogo em relação ao seu antecessor. E, mecanicamente, pode-se dizer que o jogo está mais lento, mas muito mais realista. Isso porque uma das prioridades da EA Sports para este ano foi acabar com o “pingue-pongue” entre uma área e outra, mantendo a bola o maior tempo no domínio dos atletas. Para isso, a Gilliard e a equipe trabalharam largamente no desenvolvimento da proteção da bola e na maior precisão dos movimentos. Agora, o jogador tem melhor domínio e pode executar dribles em velocidade, mudando a direção do cursor rapidamente, mas com um custo alto de esforço.
“Não acredito que o jogo tenha ficado mais difícil, mas mais autêntico”, declarou do desenvolvedor. “Quanto mais se gosta de futebol, mais você vai entender as novas mecânicas e achar que está fácil. O jogador vai pegar o controle e sentir uma precisão maior de jogo.”
As animações também estão mais realistas, garantiu Gilliard. O chute, com um trajeto mais real e variado antes de chegar ao goleiro, e o ajuste das passadas antes do ataque adicionaram maiores detalhes ao jogo, tornando o gol ainda mais recompensador. No Fifa 13, antes do tiro, o jogador se “arrastava” pelo campo, de uma maneira nada verdadeira. Agora, o gamer poderá ajustar o ângulo de chute, escolher a passada e apertar o botão na última hora que o atleta fará o chute – mesmo que torto e desequilibrado.
“Todo jogo tem esse vazio entre o real e virtual. E a cada nova mecânica apresentada, o jogador tem que reaprender a jogar. E a gente trabalha sempre para se aproximar do real”, contou o brasileiro.
Mas existe uma mecânica que os produtores não têm muito interesse em investir em Fifa. São os reconhecimentos de movimento que tanto o Kinect, da Microsoft, e o PS Eye, da Sony, estão apostando cada vez para seus consoles. “Quando você traz uma mímica para o jogo, passa a exigir uma técnica apurada dos jogadores e isso não bate com nosso objetivo. A captura de movimento na sua sala vai limitar o alcance. Queremos falar para o fã de futebol que quer ser o Cristiano Ronaldo jogando”, explicou. “Mas têm mecânicas que fazem sentido, como o reconhecimento de voz, e estamos ampliando e casando isso com a filosofia do Fifa.”
Fifa 14 será lançado no Brasil em 27 de setembro e estará totalmente em português. Com narração de Tiago Leifert e comentários de Caio Ribeiro, o jogo chega para PS3, Xbox 360 e PC. A nova geração de consoles também receberá o game posteriormente.
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