TUDO SOBRE 'SOMOS TÃO JOVENS' QUE ESTRÉIA NESTE FIM DE SEMANA NOS CINEMAS DO ESTADO.
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TUDO SOBRE 'SOMOS TÃO JOVENS' QUE ESTRÉIA NESTE FIM DE SEMANA NOS CINEMAS DO ESTADO.


Líder de uma das importantes bandas de rock do país surgidas na década de 80, com mais de 20 milhões de CDs vendidos, Renato Russo ainda é uma das vozes da música nacional que dialoga com diferentes gerações. Apontado como poeta por fãs e produtores musicais, suas composições, muitas criadas na juventude, como “Que País é Esse” e “Eduardo e Mônica”, são cantadas até hoje por pais e filhos. Morto em 1996 por complicações de saúde causadas pela Aids, o vocalista do Legião Urbana ganha sua primeira cinebiografia, “Somos Tão Jovens”, dirigida por Antônio Carlos Fontoura (“Gatão de Meia Idade”, de 2006). O filme chega às salas de cinema da Grande Vitória nesta sexta-feira.

Divulgação


'Somos Tão Jovens' mostra juventude de Renato Russo e a formação da Legião Urbana

Longa, que estreia nesta sexta-feira, mostra a formação do ícone do rock nacional morto em 1996

O filme em vez de abordar o sucesso de Renato Russo e a carreira da Legião Urbana, o filme opta por um foco mais intimista. O viés do roteiro, escrito por Marcos Bernstein, é a adolescência de Renato Manfredini Júnior, vivida com toques teatrais pelo ator Thiago Mendonça – o Luciano de “Dois Filhos de Francisco” (2005).

“Somos Tão Jovens” começa em Brasília, entre os anos de 1976 a 1982, fase em que o músico se muda do Rio de Janeiro para a capital federal com a família. Na cidade, ele sofre de uma doença óssea (epifiólise), passa por uma operação e fica de cama por bons meses. Nesse período, começa a ler mais, descobrir discos de bandas de rock como Sex Pistols – difíceis de serem encontrado no país em plena ditadura militar – e a escrever suas primeiras composições, embalado pelas descobertas e por sua paixão pela música.

O clima em Brasília era de tédio, como diz o músico em diferentes trechos do filme. E, por isso, propício para as bandas de rock. São elas que funcionam como fios condutores da trama, que passa pela formação do Aborto Elétrico, ao lado do sul-africano André Pretorius (guitarra) e dos irmãos Felipe Lemos (bateria) e Flávio Lemos (baixo) – que fundariam o Capital Inicial –; pelas brigas com Fê Lemos; e pelo cenário musical mais amplo da capital federal (mostrando o entra e sai dos músicos nos grupos Plebe Rude, Dado e Reino Animal). A formação clássica da Legião Urbana, com Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, também está lá, mas não é destaque.

Comportado

Poster do filme Somos Tão Jovens
O medo da mãe do músico, Carminha Manfredini, era de que fosse feito mais um filme com o estigma “cantor de rock gay que morreu de Aids”. Depois de assistir ao trabalho, é fácil perceber que o receio de Carminha era infundado. “Somos Tão Jovens” não aposta no tom piegas. O espectador tem mais moticos para rir do que se emocionar com a adolescência de Renato Russo.

O roteiro, em alguns momentos, é excessivamente comportado. A descoberta da homossexualidade do músico, por exemplo, é retratada de forma bem sutil. Há um diálogo sincero e cômico entre Renato e mãe, mas nada de beijo na boca em parceiros. Quando o assunto é “sexo, drogas e rock’n’roll”, a turma de Brasília é poupada. Um cigarro ali, alguma droga lá e poucas descobertas sexuais estão nas telonas. 

Além de personagens reais abordados na trama, há aqueles criados com licença poética. Aninha (Laila Zaid), jovem que vive a melhor amiga e admiradora de Renato, está nessa lista, e é um dos trunfos de “Somos Tão Jovens”. A amizade da filha de militar com o músico, as brigas e as reconciliações são pontos que dão ritmo à trama.

Em alguns momentos, parece que o Trovador Solitário está vivo nas telas – principalmente quando Thiago aparece de barba, cantando. Detalhe importante: não há dublagem. Thiago canta e toca de verdade no filme, assim como todo o elenco que gravou as cenas musicais ao vivo nos sets. E não há como negar que isso contribui para que o público, mesmo aquele que não é fã do músico, mergulhe por 105 minutos em sua história.

Personagens
Além de retratar pessoas reais, o filme traz personagens fictícios. Aninha, interpretada por Laila Zaid, é uma delas, e sua amizade com Renato dá ritmo à história
Banda de rock
O cenário rock em Brasília é um dos principais condutores da trama. Bandas como Aborto Elétrico, Plebe Rude, Capital Inicial, além da Legião Urbana, são algumas citadas no filme.
Retirado de: A Gazeta



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