Nelson Cavaquinho (Rio de Janeiro, 29 de outubro de 1911 — Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1986) foi um importante músico brasileiro. Sambista carioca, compositor e cavaquinista na juventude, na maturidade optou pelo violão, desenvolvendo um estilo inimitável de tocá-lo, utilizando apenas dois dedos da mão direita.
Cabelos prateados. Uma voz de aço, com rouquidão curtida em madrugadas boêmias pelo Rio de Janeiro. Temas surpreendentes, onde a Morte é personagem assídua. Nelson Cavaquinho foi um trovador moderno, espalhando sua música e poesia pela noite carioca. Suas músicas são de uma simplicidade impressionante, como somente os grandes gênios conseguem fazer. Não há um verso ou nota a mais que o necessário.
Nelson Cavaquinho é o protagonista de diversas estórias folclóricas, era também capaz de no final de uma madrugada distribuir todo dinheiro ganho em um show pelos mendigos e prostitutas. Ficando até mesmo sem ter como pagar a condução de volta para casa. Vendia músicas e parcerias para sobreviver nos momentos mais difíceis. Inclusive esta é a razão de serem tão raras suas parcerias com o também mangueirense Cartola, que não gostou quando Nelson vendeu uma música que fizeram juntos.
Seu mais constante parceiro, com quem compôs diversos clássicos da música brasileira, foi Guilherme de Brito, uma pessoa com um estilo de vida completamente oposto ao boêmio Nelson. Outro que não pode ser enquadrado entre seus "parceiros de ocasião" é Alcides Caminha, mais conhecido como escritor de populares histórias em quadrinhos eróticas, nas quais assinava como Carlos Zéfiro.
Nelson Cavaquinho é um dos grandes compositores da história da música brasileira, foi gravado pelos mais importantes artistas, é reverenciado pelos grandes músicos do nosso país. Abaixo, “A flor e o espinho”, umas das suas criações mais famosas: