Cultura
A ARTE DA MÚSICA PROFANA
 
 
Música profana
No campo profano há registros de encenações de óperas  italianas - uma voga no século XVIII - em teatros da Bahia (1729,  1760), Rio (1767), São Paulo (1770) e se iam organizando algumas  irmandades musicais e orquestras, muitas formadas por mulatos.
No final  do século XVIII havia mais músicos ativos na colônia do que em Portugal,  o que diz da intensidade da prática no Brasil desenvolvida. Destacou-se  nesta fase também o português Antônio Teixeira, que musicou as sátiras do 
Judeu, Antônio José da Silva, de grande difusão e sucesso embora escritas em Portugal.
[51]A primeira partitura vocal profana escrita no Brasil em português que perdurou foi a 
Cantata Acadêmica Heroe, egregio, douto peregrino, na verdade apenas um par recitativo + ária de um compositor anônimo, que em 1759 saudava em música perfeitamente rococó o dignitário português José Mascarenhas Pacheco Pereira de Mello e deplorava as dificuldades por que ele passara nesta terra. Sua autoria por vezes é atribuída a Caetano Melo de Jesus, mestre de capela na Sé de Salvador e autor também de uma 
Escola de Canto de Órgão ("canto de órgão" era entendido como canto polifônico),  em quatro volumes, que é o mais importante tratado de teoria musical  escrito em língua portuguesa de sua época, competindo com os de célebres  musicólogos europeus.
[51][52]
A Cantata  merece a transcrição
 de um trecho do seu texto por ser também
 um bom  exemplo da retórica típica da época 
empregada na louvação dos poderosos:
  Primeira página da parte vocal da ária da Cantata Acadêmica Heroe, egregio, douto peregrino. - (?)
 - "E bem que quis a mísera fortuna,
 - que vos fosse molesta e que importuna
 - a hospedagem, Senhor, desta Bahia.
 
- "Sabem os céus e testemunha sejam,
 - que dela os naturais só vos desejam
 - faustos anos de vida e saúde,
 - de próspera alegria, pela afável virtude
 - de vossa generosa urbanidade,
 - com que a todos honrais, desta cidade!
 
- (?)
 
- "Oh! Quem me dera a voz, me dera a lira
 - de Anfião e de Orfeu, que arrebatava os montes
 - e fundava cidades, pois com elas erigira
 - um templo que servisse por memória
 - e eterno monumento à vossa glória!
 
- (?)
 
- "Oh! Se também tivera o canto grave
 - da filomela doce e cisne suave,
 - vosso louvor, sem pausa, cantaria,
 - com cláusula melhor, mais harmonia."[53] 
 




    
A música  é a arte cuja trajetória durante o Barroco no Brasil é das menos  conhecidas e das que deixou menos relíquias. Da produção musical nativa  só sobrevivem obras significativas a partir do final do século XVIII, ou  seja, quando o Barroco já estava dando lugar às escolas Rococó e  Neoclássica. 
 
 
Não que não tivesse havido vida musical na colônia nos  séculos anteriores; houve, e importante - embora não possa ser comparada  à de outros centros coloniais americanos como o Peru e o México,  ou à da própria Metrópole portuguesa - apenas as partituras  infelizmente se perderam, mas testemunhos literários não deixam dúvida  sobre a intensa atividade musical brasileira desde o início do Barroco,  especialmente no Nordeste.[51]
 
  
Além disso, a Escola Mineira de música, o mais célebre grupo  de compositores do Brasil colonial e o que o grande público conhece mais  já não é, como se tem divulgado erroneamente chamando-a de "música do  Barroco colonial", uma escola barroca. Apesar de se realizar em um  cenário todo barroco, estilisticamente é pré-clássica, e em muitos  momentos decididamente classicista, afim das escolas de Boccherini e Haydn. Porém é inegável uma herança barroca mais ou menos velada em sua sonoridade e técnicas, ainda empregando em muitos casos o baixo contínuo.[51


Polifonia
Polifonia, em música,  é uma técnica compositiva que produz uma textura sonora específica,  onde duas ou mais vozes se desenvolvem preservando um caráter melódico e rítmico individualizado,[1] em contraste à monofonia, onde só uma voz existe ou, se há outras, seguem a principal em uníssono ou à distância de oitava(s), ou apenas tecem floreios em torno da principal; à monodia, onde uma voz melódica é acompanhada ou não de acordes sem caráter melódico próprio,[2] e à homofonia e ao contraponto,  onde as várias vozes se movem com ritmo idêntico ou muito semelhante de  modo a formar acordes nítidos, podendo elas ou não ter um caráter  melódico próprio e pronunciado.[3][4] 
A palavra vem do grego e significa várias vozes.
 No contexto da música erudita do ocidente polifonia usualmente se refere à música composta na Idade Média tardia e no Renascimento, quando era a técnica de composição mais usual, mas formas barrocas como a fuga também são claramente polifônicas. 
Num sentido estrito, significando simplesmente várias vozes, a polifonia também engloba a homofonia e o contraponto.
 Desde o princípio dos tempos a música é feita de maneira homofônica,  ou seja, uma melôdia única, linear, com somente acompanhamento rítmico.
  Passa-se muito séculos da era cristã
 onde a monodia religiosa dominou a  música ocidental 
com o Cantus Firmus e o Canto Gregoriano. 
No século X  iniciou-se a idéia de sobrepor vozes em intervalos de oitavas e quintas.  Este processo se desenvolveu e teve seu apogeu no século XV, onde a  técnica do contraponto era altamente difundida. Tem-se por contraponto a  técnica de contrapor melodias, ou seja, cantar melodias diferentes ao  mesmo tempo. 
Este procedimento criou uma resultante musical nova, que  era a verticalidade musical, isto quer dizer, notas musicais sobrepostas  soando ao mesmo tempo. Com o temperamento esta nova técnica musical  resultou na harmonia.


Fonte:
Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco_no_Brasil
 
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