CRÍTICA DA SÉRIE 'A VIDA DE RAFINHA BASTOS'
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CRÍTICA DA SÉRIE 'A VIDA DE RAFINHA BASTOS'


O polêmico Rafinha Bastos estreou neste sábado a série 'A Vida de Rafinha Bastos' no canal pago Fox. A série que conta a história ficcionada da vida do próprio comediante é novidade por aqui. Confira a crítica do Outros 300 acerca do primeiro programa.


Cadê a graça?
Programa é bem feito, contudo com um Rafinha "menos agudo" perde em humor

É necessário que se saliente: Se há uma grande virtude em 'A Vida de Rafinha Bastos' é sua imagem inovadora, pois coloca um comediante vivendo uma versão fictícia de si mesmo, coisa inédita por aqui. 

Há quem lembre com saudosismo de Seinfeld, a sitcom mais popular da TV mundial, como referencia inicial. Mas a influência, na verdade, é outra: a nova onda de séries gravada com uma câmera dos canais de TV paga americana, que iniciou em 2000 (lá se vão 12 anos) com Curb Your Enthusiasm, de Larry David, e passa por Fat Actress, The Sarah Silverman Program, Louie e Episodes, entre outras. 

Rafinha aqui é Rafinha, mas um Rafinha de ficção, e o charme aqui, conforme dito, é que o formato é inédito no Brasil – pro telespectador leigo não há nenhum objeto direto de comparação, diferente do Saturday Night Live que apanha pra encontrar seu espaço diante de um público acostumado a programas de esquetes tão distintos como o Comédia MTV e o Zorra Total e as inevitáveis comparações com o seu antecessor no canal, o Pânico na TV.


Crítica

O programa é todo bem feito. Bem escrito, dirigido e interpretado. Rafinha, claro, aproveitará o programa para, além de fazer rir, explicar do porque de tantas polêmicas em sua vida. Contudo, para evitar cair num lugar comum, o humorista usará personagens ficcionais  para apontar críticas a pessoas do mundo real. A vida particular de Bastos se fundirá a situações criadas especificamente para o programa. Contudo a vida do ex CQC é tão cheia de loucuras que o espectador deverá se perguntar constantemente se tal situação é verídica ou inventada.

Por exemplo, no primeiro episódio, Rafinha teve um novo vizinho de porta: Washington Araújo que, "coincidentemente", era um jornalista que usava o comediante como exemplo de escória humana nas suas colunas. O jornalista vizinho era ficcional, mas as críticas de jornalistas à sua pessoa foram bem reais.
 


Mesmos com um Rafinha, digamos, menos agudo em suas piadas, estes intertextos funcionaram perfeitamente, mas pecaram num ponto até inusitado: Não fizeram rir. Foram poucas as situações de nos fizessem esboçar sorrisos, gargalhadas então, nenhuma. Esperamos que as situações (o programa tem estilo de continuações) possam nos fazer rir no futuro. Mas como é bem feito e indiscutivelmente Rafinha é talentoso, vale a pena a gente dar um crédito.

O programa passa na Fox, todos os sábados, as 23h.



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