TOP 10: MELHORES FILMES BLOCKBUSTERS DA DÉCADA DE 2000
Cultura

TOP 10: MELHORES FILMES BLOCKBUSTERS DA DÉCADA DE 2000


Para os moradores - e trabalhadores - de Vitória os próximos dias 7, 8, 9 ,10 e 11 são sinonimos de super hiper mega feriadão (para alguns de Vila Velha, Serra e Cariacica também né). Então, para você aproveitar a data, o Outros 300 fez uma lista com os 10 melhores filmes Blockbusters da década passada. Blockbusters, para quem não sabe, são filmes feitos com o intuito explicito de dar grande bilheteria e, com isso, tendem a focar mais no entretenimento (bom pra quem vai ficar em casa e quer só se distrair). Confira a lista e, caso goste, corra à locadora, ao piratão ao faça o download e divirta-se:

10 - Moulin Rouge – Amor em Vermelho (Moulin Rouge!, EUA, 2001)
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Direção: Baz Luhrmann
Elenco: Nicole Kidman, Ewan McGregor, John Leguizamo, Jim Broadbent
Musicais saíram de moda. Há muito tempo não se fazia algum decente ou que fizesse sucesso. Baz Luhrmann (diretor de Romeu & Julieta) resolveu fazer o seu, do jeito peculiar. Extravagante, exagerado, belíssimo visualmente. Luhrmann gosta de caprichar (até demais) no conceito de seus filmes, mas em Moulin Rouge ele acertou a mão e fez um conto de amor belíssimo, com um final trágico. A história de amor de um poeta que se apaixona por uma cortesã não é lá muito original, mas o diretor a executa com muita originalidade, especialmente porque usa músicas do século XX para compor o repertório do longa que se passa em 1899. Direção de arte e figurinos maravilhosos, números musicais originais e, é claro, a beleza estonteante de Nicole Kidman em seu melhor momento na carreira.
9 - Cidade de Deus (Brasil, 2002)
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Direção: Fernando Meirelles
Elenco: Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino, Matheus Nachtergaele, Alice Braga
Acredito que o longa de Fernando Meirelles dispensa apresentações e muitas explicações do porque que está aqui. Foi com esta película que o diretor foi exportado para fora do país, o Brasil começou a ter mais respeito lá fora cinematograficamente falando e ganhamos a honra de estar listados com Cidade de Deus entre os melhores filmes de todos os tempos. Cidade de Deus teve 4 indicações ao Oscar, incluindo melhor diretor. E não, não tivemos indicação à melhor filme estrangeiro. Com um roteiro impecável, um trabalho de fotografia e edição geniais, Meirelles conta a história de dois amigos de infância que vivem na favela e, anos depois, se separam, se tornando um fotógrafo e um traficante de drogas. Meirelles mostra-se um diretor criativo, bom em retratar emoções fortes e contar histórias. Mesmo se tratando de um filme de favela, bem comum aqui no país, ele faz com que o espectador se esqueça desse fato, se prendendo na belíssima obra que ele criou, retratando a vida como ela é dentro deste mundo sujo, violento e perigoso.
8 -Encontros e Desencontros (Lost in Translation, EUA / Japão, 2003)
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Direção: Sofia Coppola
Elenco: Bill Murray, Scarlett Johansson, Giovanni Ribisi, Anna Faris
Houve quem duvidasse da capacidade de Sofia Coppola em dirigir e escrever. Ninguém apostava muito que a filha do mestre Francis Ford Coppola fosse capaz de decolar na carreira. Mas ela fez muitos se calarem, especialmente com esta obra delicada e única. Você nunca verá algo como Encontros e Desencontros. Muitos dizem que é um filme que muda vidas. De fato, é. Ele consegue lhe dar uma nova perspectiva e não só isso. O longa possui um texto bem original e uma parceria improvável entre Bill Murray e Scarlett Johansson. O humor cru dele junto com a quase ingenuidade dela se mesclam perfeitamente neste conto sobre uma amizade incomum, criada no meio da solidão em um lugar onde ninguém fala sua língua e você não conhece ninguém no meio da multidão. Uma obra delicada e profunda, conduzida com maestria e todo cuidado por Coppola, uma diretora que deve ter um futuro brilhante pela frente.
7 - Menina de Ouro (Million Dollar Baby, EUA, 2004)
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Direção: Clint Eastwood
Elenco: Clint Eastwood, Hilary Swank, Morgan Freeman
Clint Eastwood mostrou que não se precisa de muito para se fazer um grande filme. Em 40 e poucos dias ele filmou este longa que lhe rendeu o Oscar de melhor diretor pela segunda vez na carreira. De forma simples, mas não menos competente, Eastwood nos conta a estória de Maggie (Hilary Swank), uma garçonete que tem o sonho de ser uma lutadora profissional de boxe e quer que Frankie Dunn (Eastwood) lhe treine em sua academia para boxeadores. A relação entre os dois é tão bela quanto de um pai com uma filha. Eastwood nos faz refletir sobre fé, família e esperança. Há uma avalanche de emoções nesta película, onde há espaço de sobra para muitas lágrimas e atuações poderosas dos dois e de Morgan Freeman, premiado com o Oscar de coadjuvante. Menina de Ouro é uma produção simples, mas é uma verdadeira obra-prima.
6 - Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, EUA, 2004)
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Direção: Michel Gondry
Elenco: Jim Carrey, Kate Winslet, Kirsten Dunst, Mark Ruffalo, Elijah Wood, Tom Wilkinson
Foi no mesmo ano de Menina de Ouro que Michel Gondry nos reservou um longa incrivelmente louco e extremamente romântico. O personagem de Jim Carrey ama tanto a personagem interpretada por Kate Winslet que ao saber que ela participou de um experimento para apagar todas as memórias que ela tinha sobre ele, resolve fazer o mesmo, após ter o coração partido. Somos jogados no meio delas, os momentos felizes e os ruins também. Com muita originalidade e um pingo de loucura, Gondry nos conduz numa jornada na mente e na alma. Uma fábula tocante sobre muitas coisas, em especial, sobre o amor. Vai dizer, se você tivesse um coração quebrado, você não toparia participar da experiência? Você teria coragem? Além disso, atuações impressionantes de Jim Carrey e da sempre competente Kate Winslet lhe espera.
5 - Borat: O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América (Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan, EUA, 2006)
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Direção: Larry Charles
Elenco: Sacha Baron Cohen
Pegue um cara desconhecido. Vista-o de maneira que ele fique ainda mais irreconhecível. Finja um sotaque, lhe dê uma mala com uma galinha dentro e vá para os Estados Unidos filmar um documentário. Essa armação criada por Larry Charles e Sacha Baron Cohen, deu um tapa na cara do conservadorismo estadunidense e cuspiu na cara da sociedade e seus preconceitos com religiões, costumes e homossexualismo. Lendo isso, até pode parecer que Borat é um filme sério. Mas é exatamente o oposto. Apesar de criticar o modo de viver de muitos estadunidenses, Cohen cria uma comédia única, escrachada ao máximo, criando situações jamais vistas neste falso documentário. Você nunca sabe quando é ensaiado e quando é realmente de verdade, mas a dúvida é um dos atrativos. São situações bizarras, absurdas, e de mau gosto. Tudo conduzido com maestria e um roteiro que consegue dar coerência nas loucuras executadas pelo protagonista. O politicamente incorreto ganhou um novo significado após Borat. Um dos filmes mais engraçados de todos os tempos é original e histericamente insano.
4 - Batman – O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, EUA, 2008)
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Direção: Christopher Nolan
Elenco: Christian Bale, Michael Caine, Heath Ledger, Gary Oldman, Aaron Eckhart, Maggie Gyllenhaal, Morgan Freeman
Christopher Nolan conseguiu fazer algo que parecia impossível: fazer o público esquecer que estava assistindo um filme de super-herói. Batman – O Cavaleiro das Trevas é um dos melhores filmes de todos os tempos. Os elogios são mais do que merecidos. The Dark Knight mudou a concepção dos filmes do gênero e agora todos querem fazer heróis mais sombrios. Numa trama excepcional, Nolan faz desta sua obra-prima. Não há tempo para respirar nas duas horas e meia de metragem. É muita correria, um texto consistente e atuações acima da média. Um elenco afiado, cenas de ação de tirar o fôlego, emoções por todos os lados, muita tensão e surpresas. Destaque, obviamente, para Heath Ledger, que some no papel de sua vida. Seu Coringa é um dos melhores vilões já interpretados nas telas do cinema, num misto de insanidade e sarcasmo. Coringa é um personagem inconstante e você não consegue prever qual é o seu próximo passo. Até mesmo quando dispara uma piada (com muito humor negro embutido), você não sabe se ri ou se teme o personagem. A constituição perfeita do que seria um vilão nos tempos modernos. Uma das atuações mais inspiradas nos últimos anos. Nolan lida com muitos assuntos e consegue filosofar através de Coringa. O Cavaleiro das Trevas é uma obra-prima moderna e que mudou o conceito de muita gente sobre os filmes de super-heróis, mostrando que dá para se fazer um trabalho sério, mesmo que o protagonista use uma fantasia. Afinal, quem não usa máscaras hoje em dia, metaforicamente falando?
3 - Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds, EUA / Alemanha, 2009)

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Direção: Quentin Tarantino
Elenco: Brad Pitt, Christoph Waltz, Michael Fassbender, Eli Roth, Diane Kruger, Daniel Brühl, Til Schweiger, Mélanie Laurent, B.J. Novak, Julie Dreyfus, Mike Meyers
Não seria uma lista justa se não houvesse o diretor mais criativo de sua geração. Melhor amigo de Robert Rodriguez, Quentin Tarantino sempre entrega uma obra peculiar e, claro, recheada com muito sangue. Kill Bill usou metade do estoque mundial de catchup (ou não). Já Bastardos Inglórios não utilizou tanto. Bastardos é um dos filmes mais sérios do diretor de Pulp Fiction, mas não deixa de ser menos interessante. É o filme que fez os críticos pararem de ser chatos e dar o devido reconhecimento para o diretor, o indicando à melhor diretor e filme na última edição do Oscar. Na trama, Brad Pitt é o tenente Aldo e junto com muitos bastados estadunidenses, ele espera acabar com o reinado de Hitler na Alemanha, em plena Segunda Guerra Mundial. Tarantino recria o conflito, mas do seu próprio jeito, mudando o curso da História. Brilhante! No geral o filme pode não ser perfeito, mas só o diálogo inicial disparado por Christoph Waltz como Hans Landa, já vale o ingresso. Uma das passagens de texto mais geniais já vistas em tela. Waltz, por sinal, é quem rouba a cena, assim como Ledger o fez em O Cavaleiro das Trevas.
2 - Toy Story 3(EUA, 2010)
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Direção: Lee Unkrich
Elenco: Tom Hanks, Tim Allen, Joan Cusack, Ned Beatty, Don Rickles, Michael Keaton, Wallace Shawn, John Ratzenberg, Estelle Harris, John Morris, Jodi Benson
Escolher um filme da Pixar dentre as várias obras primas que o estúdio produziu nesta década é realmente uma tarefa dificílima. Wall-E, Up – Altas Aventuras e Toy Story 3 são três longas que trabalham com algumas emoções diferentes, mas não deixam a perfeição de lado. No entanto, Toy Story tem muita bagagem e é inegável que foi um dos filmes mais completos de 2010, como ganhou o maior número de críticas positivas do ano. Com qualidade técnica impecável, a terceira aventura dos brinquedos acontece quando Andy está indo para a faculdade e os deixa para trás. O que acontecerá com os brinquedos? Eles acham que Andy não os ama mais e resolvem ir para uma creche para ser amados por várias outras crianças. Em pouco tempo eles percebem que a ideia não foi tão boa e cabe a Woody resgatar seus amigos e conseguir provar que Andy, mesmo adulto, não os deixou de lado. Toy Story 3 é uma jornada que nos leva a reencontrar a criança dentro de nós. A Pixar tem conseguido atingir tanto o público adulto como o infantil, isso porque a composição de seus personagens – mesmo que sejam robôs, velhinhos, ratos, carros ou meros bonecos – é feita com o coração. Os personagens, independente da forma que são representados fisicamente, possuem emoções humanas. Além da competência técnica que já é de praxe, o longa também é bom no papel e reflete sobre muitos valores, sem ser piegas. União, amizade, infância e mudanças de fases, comprometimento. É um prato de nostalgia muito bem servido. Entre risos e lágrimas, Toy Story 3 é a composição perfeita entre a diversão e a emoção. Um filme mais crível do que muitos de carne e osso. Mais uma obra-prima inesquecível da Pixar.
1 -O Senhor dos Anéis (The Lord of the Rings, EUA / Nova Zelândia, 2001-2003)
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Direção: Peter Jackson
Elenco: Elijah Wood, Ian McKellen, Liv Tyler, Viggo Mortensen, Sean Astin, Cate Blanchett, John Rhys-Davis, Billy Boyd, Dominic Monaghan, Orlando Bloom, Bernard Hill, Christopher Lee, Hugo Weaving, Miranda Otto, David Wenham, Brad Dourif, Karl Urban, John Noble, Sean Bean, Ian Holm, Andy Serkis
É uma decisão quase unânime quando se diz que O Senhor dos Anéis é um filme que definiu uma geração e com certeza foi a obra mais marcante nestes últimos 11 anos. A trilogia criada por Peter Jackson iniciou com muita força em A Sociedade do Anél, deu uma decaída onde a história era mais rasa e trazia mais ação em As Duas Torres, enquanto O Retorno do Rei conciliou toda a mente e a adrenalina, se tornando o maior vencedor da história do Oscar, ao lado de Titanic e Ben-Hur. Jackson mostrou que um blockbuster como O Senhor dos Anéis deveria ser levado a sério e obteve êxito. A trilogia venceu 17 prêmios Oscar, no total. Jackson criou uma obra-prima cinematográfica da qual ninguém jamais alcançará. Quando assistidos um após o outro, O Senhor dos Anéis fica ainda melhor. São vários personagens, vários caminhos paralelos, o que poderia ser extremamente confuso e perder seu valor. Mas toda a produção fez força para se manter fiel à obra de J.R.R. Tolkien, tanto no texto quanto no mundo idealizado nas páginas dos livros e com muita sabedoria, manteve tudo coerente. Os filmes são perfeitos tecnicamente. O trabalho técnico foi uma tarefa árdua, mas tudo foi feito com muito esmero. O brilhantismo não ficou só por aí. Peter Jackson comanda uma verdadeira odisseia cinematográfica e nos conduz nestes caminhos com muita competência, extraindo várias emoções do espectador ao mostrar estes personagens únicos. Os atores levam seus papeis a sério e entregam atuações de alto nível, especialmente o mestre Sir Ian McKellen, Viggo Mortensen e Elijah Wood. Não faltam assuntos para levantar discussão como amizade, companheirismo, união, amor, patriotismo, honra, além da batalha entre o bem e o mal. Também não faltam cenas de ação, todas elas constituídas perfeitamente, se tornando épicas. É nesta trilogia que se provou que é possível fazer um filme para o grande público sem perder o cérebro. Com muito brilhantismo, casando ação com emoção, Jackson faz da bíblia de Tolkien uma experiência cinematográfica única e bela. Um dos melhores filmes de todos os tempos e, sem dúvida, o melhor da década.



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